segunda-feira, 21 de outubro de 2013

#9 - Aura-hora

Já não vejo a aura-hora 
em que o sorridente sol
e que todas as premeditadas
linhas do céu se mostrem em acontecimentos.

Pensei,
no momento que despertei
e recordando que não era mais rei
percebi que a coroa fora roubada 
de maneira dada e quem sabe presenteada.

Golpe na coroa,
sucumbiu o reino.
Felicidade se via
mas não era palpável.

Moça das neves,
Quem lhe segura?
Quem lhe ordena, implorando, que não deves?

Quem disse o que dirão
no lampejo d'um sonho
em que a maçã me cobra 
um beijo que nunca antes fora debitado?
Como dirão?

Escraviza-me alma e coração
enquanto balbucia algo de oração
como se não bastasse o clone
vazio e color que me ocupa o verão.

A alma transparece 
em roxos-azuis, a ausência,
e tornar-se-ão em laranjas
e vermelhos limões
para que refresque-me a alma
morna do sangue quente.

Dirão no lampejo que
onde olho te vejo?
E acaso saberão que 
a resposta do impulso nem eu conheço?

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