Já não vejo a aura-hora
em que o sorridente sol
e que todas as premeditadas
linhas do céu se mostrem em acontecimentos.
Pensei,
no momento que despertei
e recordando que não era mais rei
percebi que a coroa fora roubada
de maneira dada e quem sabe presenteada.
Golpe na coroa,
sucumbiu o reino.
Felicidade se via
mas não era palpável.
Moça das neves,
Quem lhe segura?
Quem lhe ordena, implorando, que não deves?
Quem disse o que dirão
no lampejo d'um sonho
em que a maçã me cobra
um beijo que nunca antes fora debitado?
Como dirão?
Escraviza-me alma e coração
enquanto balbucia algo de oração
como se não bastasse o clone
vazio e color que me ocupa o verão.
A alma transparece
em roxos-azuis, a ausência,
e tornar-se-ão em laranjas
e vermelhos limões
para que refresque-me a alma
morna do sangue quente.
Dirão no lampejo que
onde olho te vejo?
E acaso saberão que
a resposta do impulso nem eu conheço?
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