A gata me arrebata,
meche comigo, acerta na lata.
Vez em quando, por caridade, cede a pata,
mas em maioria, morde, mia, se faz de sensata.
As vezes com manha,
apenas ameaça, não me arranha.
E com o muito que tem ainda barganha.
Vem hora sim, hora não.
Como quem está brincando com meu coração.
Mas lhe atraio como novelo de lã
e com minha outra parte a traio,
com sua semelhante, irmã.
Mas a culpa é e não é minha,
tampouco sua.
Vamos apenas fingir que
isso tem que acontecer.
independentemente do
quanto eu tenha de correr.
Apenas atenda o telefone,
não importa a hora
Ouça minhas embriagadas palavras
e não diga que vai embora.
Sinta e viva o agora,
Erice os pelos ou morda a gola,
Seja você mesma ou caia fora,
mas faça por vontade e não por moda.
Porque assim seria mais foda.
E mie por aprovação, sem medo,
a gente não precisa fazer segredo.
pois mais vale correr o risco da felicidade
do que a certeza do "nunca foi verdade".
- Pollux e Castor
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