E há quem dirá
que eu me esforço de menos
se lhe deixo voar
e fico no encalço com olhos atentos.
Se queres ar, não vou negar
mas a hipotermia corriqueira
que bate, sacode, canta
e me afoga de amar
me faz questionar.
Há quem diga ainda
que te prendo demais
se em teu encalço fico
se a todo momento lhe quero comigo.
Lhe solto querendo prender,
mas lhe solto sem problemas
mesmo por dor, sem querer
quero que corra e desfrute
e se desprenda do que lhe insulte.
Eu que o digo,
se lhe admiro voar
é porque tenho vontade de voar contigo.
E não me espanto por moço-amigo
se ao nascer do sol voares comigo.
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