Na minha explicação
da tua falta de razão
fui capaz de ver
o erro que não cometi
e que o amor que dei pra ti
passou como folha ao vento.
Culpei-me então
de tua falta de noção
de que abaixo de nós
há um chão duro e frio
e não mais meu colchão macio.
E em outros olhos
a porta aberta
mostra a incerta
certeza da direção
do meu amor.
Culpei-me então
da minha falta de atenção
que cada detalhe
antes incerto
era claro e verdadeiro,
apoiado na dúvida como poleiro.
E agora, folha tornou-se ave
a incerteza do voo tomou rumo
à teus braços e pernas claras
perdido no conforto de teus rubros fios.
Culpei-me então
da busca constante por chave
pro cadeado com clave
pra me tirar da solidão,
e quando a achei,
culpei-me por sua isolação.
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