Agora traduzindo realidades
me encontro com o velho muro
opaco e firme da perdição.
Enfim, livre
desprendi-me do que nunca me prendeu,
e que compartilhei comigo mesmo
como foi que morreu.
Voltei a ativa
ou desativei eu mesmo
tudo aquilo que sempre defendi?
Se me descuido no coito
ceio em precipícios,
desses que me despreocupo
e gozo alívios.
Soa mais sinfônico
quando toco na pele
a tuba de delirantes jazzes
e quentes versos de desamor.
E mesmo encontrando
despedaçado de dúvida
o meu eu,
não sei qual dos dois eu sou.
Cru ou nu,
de caráter, de carne ou de sonhos?
Metas que chegam e não avançam
e que batem no consciente rígido
que a gerações busca
uma resposta para mim.
E mesmo despido de determinação
ou coragem, ou de pele,
sinto bem de leve o vidro arranhar.
E sei que tenta
no grito agudo e desafinado
arrumar um canto pra eu me deleitar.
Pensando inativo numa maneira
que não me deixe, novamente,
à beira desse velho mar.
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