Merda,
a perda coça,
como membro amputado
retirado por tragédia,
ou por necessidade
de quem perde a rédea.
Coça,
porque uma vez senti algo preso
ao invés da inexistência
de membro complementar.
E não há nada
porque carecia de tragédia,
de algo que me tirasse
as mãos firmes das rédeas.
Rédeas essa que
sempre tive controle,
direcionava pra onde quisesse
e ainda, vez ou outra, voltava atrás.
E coça mais
quando vejo, ou sequer ouço,
o sussurrar do rádio
a soar como soava
o que costumava ficar
no lugar da coceira.
E coça ainda mais
quando sinto como
se invés de vazio
houvesse membro.
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