Sorrindo muito,
Sorrindo por
qualquer coisa.
Rindo juntos.
Rindo de desencontros.
É lindo estar
todo mundo só rindo.
É uma pena que nós
não sorrimos mais
um pro outro.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
#29 - Eu sentei à beira do oceano
O oceano que leva
uma cultura,
uma era.
Leva também
meu amor,
que não era
recíproco,
verdadeiro
e nem duradouro.
Carrega toda uma carga inútil
que não se dá ao luxo
de se aprimorar, de se orgulhar.
Era mesmo necessário tamanha desventura?
Se a cada amor
tu levas uma esperança,
me tira relevância
e me deixa com nada.
É mesmo necessário esse sofrimento?
De não ter alimento
ou sequer diversão.
Tu me abandonou
desde o começo,
e me deixou com
uma sombra de
um sonho meu.
Que me aceitava
e se orgulhava
em ser minha posse.
Mas nem isso você pôde.
Só pôde iludir,
fingir e me dar
falsas esperanças.
Não, não pode ser verdadeira.
Porque não mereço algo tão falso.
Só mereço descaso,
algo falso, pra viver no encalço
de possível amor
pra acalmar
esse leve tremor.
uma cultura,
uma era.
Leva também
meu amor,
que não era
recíproco,
verdadeiro
e nem duradouro.
Carrega toda uma carga inútil
que não se dá ao luxo
de se aprimorar, de se orgulhar.
Era mesmo necessário tamanha desventura?
Se a cada amor
tu levas uma esperança,
me tira relevância
e me deixa com nada.
É mesmo necessário esse sofrimento?
De não ter alimento
ou sequer diversão.
Tu me abandonou
desde o começo,
e me deixou com
uma sombra de
um sonho meu.
Que me aceitava
e se orgulhava
em ser minha posse.
Mas nem isso você pôde.
Só pôde iludir,
fingir e me dar
falsas esperanças.
Não, não pode ser verdadeira.
Porque não mereço algo tão falso.
Só mereço descaso,
algo falso, pra viver no encalço
de possível amor
pra acalmar
esse leve tremor.
sábado, 28 de dezembro de 2013
#28 - Oração para minha própria arrogância
Salva-me, insanidade,
de todo holograma de poder
que paira poderoso e controlador
sobre as necessidades.
Me livra de toda
ostentação desnecessária.
De toda auto-ridicularização
e de falsas auto-realizações.
Proteja-me de
sequer pensamentos tais.
De me inflar com brilhantes,
de me achar melhor que antes.
Livra-me, principalmente
da generalização,
da falta de controle,
da viseira social,
da toda e qualquer
falta de criatividade sub-humana.
de todo holograma de poder
que paira poderoso e controlador
sobre as necessidades.
Me livra de toda
ostentação desnecessária.
De toda auto-ridicularização
e de falsas auto-realizações.
Proteja-me de
sequer pensamentos tais.
De me inflar com brilhantes,
de me achar melhor que antes.
Livra-me, principalmente
da generalização,
da falta de controle,
da viseira social,
da toda e qualquer
falta de criatividade sub-humana.
domingo, 22 de dezembro de 2013
#27 - Tem um urubu na sua janela, moça
Me peguei nos últimos dias
sem a capacidade de
produzir sequer um poema.
Não há nada sobre o que escrever.
As chuvas que assolam o estado?
Os jornais já o fazem.
Já não há mais amores,
eles fojem de mim
ou passam despercebidos
pelas ruas do cotidiano.
Meus rolês já não tem emoção
o que antes desconhecido, me atraía
já não tem mais graça,
já não me dá ganância.
E não, nada me sacia,
nenhuma felicidade me preenche.
Só encontro conforto no violão,
numa cerveja qualquer
e em flertes rápidos e sem valor
mas, não com qualquer mulher.
Não, essas coisas
não me dão mais vontade de escrever.
Não me são suficientes.
Não me preenchem.
Não me valem.
Não.
sem a capacidade de
produzir sequer um poema.
Não há nada sobre o que escrever.
As chuvas que assolam o estado?
Os jornais já o fazem.
Já não há mais amores,
eles fojem de mim
ou passam despercebidos
pelas ruas do cotidiano.
Meus rolês já não tem emoção
o que antes desconhecido, me atraía
já não tem mais graça,
já não me dá ganância.
E não, nada me sacia,
nenhuma felicidade me preenche.
Só encontro conforto no violão,
numa cerveja qualquer
e em flertes rápidos e sem valor
mas, não com qualquer mulher.
Não, essas coisas
não me dão mais vontade de escrever.
Não me são suficientes.
Não me preenchem.
Não me valem.
Não.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
#26 - Tantas caras
Domingo com cara de sábado,
com cara de você e outro,
cara de alegria
cara de eu melhor.
Noite com cara de não sou,
de ninguém,
de derrame,
de enfim paz.
Segunda com cara de
meu próprio velório,
de deitar e no caixão ficar,
de repousar,
de não ter paz.
Amanhã com cara de não ter cara.
com cara de você e outro,
cara de alegria
cara de eu melhor.
Noite com cara de não sou,
de ninguém,
de derrame,
de enfim paz.
Segunda com cara de
meu próprio velório,
de deitar e no caixão ficar,
de repousar,
de não ter paz.
Amanhã com cara de não ter cara.
sábado, 14 de dezembro de 2013
#25 - Retórica da Amputação
Merda,
a perda coça,
como membro amputado
retirado por tragédia,
ou por necessidade
de quem perde a rédea.
Coça,
porque uma vez senti algo preso
ao invés da inexistência
de membro complementar.
E não há nada
porque carecia de tragédia,
de algo que me tirasse
as mãos firmes das rédeas.
Rédeas essa que
sempre tive controle,
direcionava pra onde quisesse
e ainda, vez ou outra, voltava atrás.
E coça mais
quando vejo, ou sequer ouço,
o sussurrar do rádio
a soar como soava
o que costumava ficar
no lugar da coceira.
E coça ainda mais
quando sinto como
se invés de vazio
houvesse membro.
a perda coça,
como membro amputado
retirado por tragédia,
ou por necessidade
de quem perde a rédea.
Coça,
porque uma vez senti algo preso
ao invés da inexistência
de membro complementar.
E não há nada
porque carecia de tragédia,
de algo que me tirasse
as mãos firmes das rédeas.
Rédeas essa que
sempre tive controle,
direcionava pra onde quisesse
e ainda, vez ou outra, voltava atrás.
E coça mais
quando vejo, ou sequer ouço,
o sussurrar do rádio
a soar como soava
o que costumava ficar
no lugar da coceira.
E coça ainda mais
quando sinto como
se invés de vazio
houvesse membro.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
#24 - Sentindo o abalo da colisão de outro corpo
A tarde chuvosa
a gula lícita
a falta sentida
a presença da dúvida
a preocupação mútua
a questão sem resposta.
O medo do não ser
o olhar incerto
o manipular virtual
o não se isolar
o susto do afastar
o medo de errar.
A voz que abala
o não reagir
a bala que mata
o sentir sem ser
a observação do temer
o questionar a força.
Não há o que temer.
a gula lícita
a falta sentida
a presença da dúvida
a preocupação mútua
a questão sem resposta.
O medo do não ser
o olhar incerto
o manipular virtual
o não se isolar
o susto do afastar
o medo de errar.
A voz que abala
o não reagir
a bala que mata
o sentir sem ser
a observação do temer
o questionar a força.
Não há o que temer.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
#23 - Amnésia Romântica
Hoje, você
resolveu aparecer
e me devolver
meu poder
de escrever.
Não por inspiração
nem por sentimento.
Devolveu
meu poder
de escrever
por me lembrar
d'eu poder
te esquecer.
Não por rancor
nem por falta de
sentimento ou cor.
Mas porque
eu tenho
o poder
de esquecer
e de escrever.
Mesmo sem saber
ao certo
quem de vocês
é você.
resolveu aparecer
e me devolver
meu poder
de escrever.
Não por inspiração
nem por sentimento.
Devolveu
meu poder
de escrever
por me lembrar
d'eu poder
te esquecer.
Não por rancor
nem por falta de
sentimento ou cor.
Mas porque
eu tenho
o poder
de esquecer
e de escrever.
Mesmo sem saber
ao certo
quem de vocês
é você.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
#22 - Menti no olhar
Me instiga a vontade
de olhar pro lado
e sem maldade
encontrar outro afago.
Mas me afasta o pensamento
pois, peças lado a lado
derrubam umas as outras
quando caem,
num efeito infinito,
um loop do instinto
de me tirar opção.
Vejo se é cedo ainda
pra me inflar e engomar,
pra que eu minta,
pra eu me enrolar em falar,
pra procurar ponto
pra esse rasgo.
E não compreendo
quem se permite
doar tanto assim
sem dar nada de si,
nem ré, nem fá e nem mi.
de olhar pro lado
e sem maldade
encontrar outro afago.
Mas me afasta o pensamento
pois, peças lado a lado
derrubam umas as outras
quando caem,
num efeito infinito,
um loop do instinto
de me tirar opção.
Vejo se é cedo ainda
pra me inflar e engomar,
pra que eu minta,
pra eu me enrolar em falar,
pra procurar ponto
pra esse rasgo.
E não compreendo
quem se permite
doar tanto assim
sem dar nada de si,
nem ré, nem fá e nem mi.
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