não pouparam tempo em corrigir-me
fui de vaso lacrado a túmulo em apenas duas frases
fui cofre de banco
fui alma selada
fui farpa na unha que não sai por nada
em pouco mais de uma lua descobri o quanto a desconfiança e o medo me fizeram mal
em poucas horas desvendei que me entregar nunca foi suficiente, era preciso anunciá-lo
mesmo isso não me fazendo sentido
tantas e tantas vezes acreditei que meus beijos, apertos, olhares, abraços e calor eram suficiente,
mas então me foi desvendado que não, eles nunca foram
sem um grito de anunciação eles de nada valem, ou pelo menos não muito
me cabe apenas desmontar-me
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