domingo, 26 de abril de 2015

#90 - Nothing ever changes

Fica omitido
a consciência da incerteza.

Diz que quer, mas
panos abaixo revela-se ambígua.
Sem dó, sem medo
sem sentimentos e sem vergonha.

Mas claro, culpa minha sempre foi
Ingenuidade minha é acreditar, sempre
Infantilidade de poucos, se entregar
Virar brinquedo dos crescidos - hostis.

Cerca a culpa, a insegurança
a insatisfação, a decepção
a solidão de não ser
suficientemente capaz
de ser necessário.

Só nulo, soluto no tudo,
o vazio predomina.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

sábado, 18 de abril de 2015

#88 - Analil

Não faça-a, a analogia
Palavras malditas,
que mal foram realmente ditas
e já soam como maldição

Não, não digas,
se o coração ainda respinga
cure-o de pinga

O único a ver
é o infeliz
que a vida
foi capaz de a ceder

E só, somente só,
capaz-será de matá-la
Para que, em tom de desgraça
caia por si só
Auto-consumida
Até ser sumida,
Fora de vista
e de p(l)eito.

Terá fim, ao menos sim (ou credes que não?), a analogia.

Então, incomparável.