Tu sendo caranguejo-eremita
troca de homem
e deixa-o concha.
Tu morre,
eu me decomponho.
Ou sou colhido no verão,
de lembrança.
E tu é comida,
de uma só refeição.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
#34 - Verdim
Escapou-me a corsa
De belos galopes
Mas,
escapou ou deixei-a ir?
De encontro ao espelho questionei
"Bebeste foi, espírito amante?
Pois só vi banhado de vinho
a vossa não mais emaculada carne".
Indagação interessante.
Afinal, o que levei de meus amores?
Em suma, dor.
Alguns ótimos momentos, sim.
Mas quem reinou foi a dor.
Vez ou outra pastam em mim,
suaves e graciosas corsas e gazelas.
Mas defecam onde comem
e se vão.
E no reflexo do lago, consultei
"Prendeste-te foi, espírito livre?
De tantas outras que se deleitaram de tua grama
É esta mesmo vossa escolhida?"
Não tive resposta.
Não haviam opções.
Tão pouco remorsos.
Fui escolhido e aceitei.
De belos galopes
Mas,
escapou ou deixei-a ir?
De encontro ao espelho questionei
"Bebeste foi, espírito amante?
Pois só vi banhado de vinho
a vossa não mais emaculada carne".
Indagação interessante.
Afinal, o que levei de meus amores?
Em suma, dor.
Alguns ótimos momentos, sim.
Mas quem reinou foi a dor.
Vez ou outra pastam em mim,
suaves e graciosas corsas e gazelas.
Mas defecam onde comem
e se vão.
E no reflexo do lago, consultei
"Prendeste-te foi, espírito livre?
De tantas outras que se deleitaram de tua grama
É esta mesmo vossa escolhida?"
Não tive resposta.
Não haviam opções.
Tão pouco remorsos.
Fui escolhido e aceitei.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
#32 - Nunca é fundo demais
Fui notado
e passei tranquilo
a noite ao teu lado
não só como amigo.
Eu de orgulho em manto
e tu de céu vestida.
Me pediu
para não ancorar meu barco
Mas faz questão
de guiá-lo rumo ao cais.
E do pedido
fui cúmplice em resposta
por entender os quês dos quais
Mas voltei minha certeza
e em lhe falar não hesitei.
Mas vê, teu carinho
e necessidade em saber
quando, novamente, me banhará
em teu mar de esmeralda,
me faz questionar
a firmeza de teu pedido.
E fica assim,
ou fica assada,
cada qual em sua visão isolada
cada mal em tua culpa encenada.
e passei tranquilo
a noite ao teu lado
não só como amigo.
Eu de orgulho em manto
e tu de céu vestida.
Me pediu
para não ancorar meu barco
Mas faz questão
de guiá-lo rumo ao cais.
E do pedido
fui cúmplice em resposta
por entender os quês dos quais
Mas voltei minha certeza
e em lhe falar não hesitei.
Mas vê, teu carinho
e necessidade em saber
quando, novamente, me banhará
em teu mar de esmeralda,
me faz questionar
a firmeza de teu pedido.
E fica assim,
ou fica assada,
cada qual em sua visão isolada
cada mal em tua culpa encenada.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
#31 - Você é um moleque
Desabrochou um temor
pelo coração
da rainha de flores.
Procuro um pássaro azul
para contá-la no ouvido
tudo que sei,
para a segurança dela.
E me sinto culpado
por não poder ajudar
um ser que tenho tanto apresso.
Seria mais fácil
se a formiga, frágil
rompesse logo os
ligamentos dessa folha.
E que vontade me dá
de esmagá-la
pela covardia
e falta de virilidade.
E enquanto penso em planos
a rainha adormece,
mal sabe ela
que o ser que corta
também é o que tece.
pelo coração
da rainha de flores.
Procuro um pássaro azul
para contá-la no ouvido
tudo que sei,
para a segurança dela.
E me sinto culpado
por não poder ajudar
um ser que tenho tanto apresso.
Seria mais fácil
se a formiga, frágil
rompesse logo os
ligamentos dessa folha.
E que vontade me dá
de esmagá-la
pela covardia
e falta de virilidade.
E enquanto penso em planos
a rainha adormece,
mal sabe ela
que o ser que corta
também é o que tece.
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