segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

#166 - Presence

how could I tell you
that I still feel
your smell
touch
breathe
without passing the impression
of being
as lonely and lost
as I am?

I still see your smile
and eyes
your stares
your lack of laughs
your dry jokes
and disdain

how could I tell you
that even after the long months that have passed
I still feel you more present in my life
than ever?

sábado, 8 de dezembro de 2018

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

sábado, 17 de novembro de 2018

domingo, 21 de outubro de 2018

#162 - quem foi a segunda?

eu observo,
de longe
os movimentos
as vezes as capturas
de momentos
mas ela está sempre presente

em pontas de sorrisos
em poses
em copos
garrafas
e mitos

eu sempre a vejo,
mas nunca presente
perto
do lado
ou tocando

sempre distante
é o que me move
a sempre ausente
canoa

sempre lá,
a felicidade
sempre 
em terceira pessoa.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

#161 - Vampiro

aparentemente
as pazes
ainda
não fiz

com reflexos
espelhos
lentes
olhares

a imagem que vejo
após o momento 
de captura
não sou eu
ou ao menos
é disso que me convenci

na forma
que vejo
sinto uma felicidade
que destoa
da realidade

domingo, 23 de setembro de 2018

#160 - Visível Oculto

não precisa,
eu quis
e disse,
ser centro

todo desvio de cólera
ou o evitar de 
manifestar 
gratidão
não
são
sinais de nada

a paz que sigo
exibindo
faz de mim
um escravo
da felicidade

mas não precisa
se preocupar
ta tudo 
bem
guardado

domingo, 9 de setembro de 2018

#159 - Escrota

eu não sei dar nome
a esse sentimento

como pode
depois de tanto
e tudo
e tão pouco
conhecimento
tratar a mim
como um nada
como um descartável

esse sentimento
de rejeição
misturado com troca
e desdem 
e de não valer

a pena
o tempo
sequer uma convesa
apenas potencializam
o invisível

véu
amarra
tampa
-------- o que não se quer,
tristeza.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

#158 - I still got pictures of friends on the wall

eu mentiria, se dissesse que não sinto falta
de tudo, que me fazia sentir vazio
e doía ver
ouvir
tocar
vencer

eu provavelmente riria, se me dissessem
a dois meses atrás
que nos meses à frente
eu estaria mais perto da Bahia
do que de Vitória
nesse momento mesmo eu ri

e eu não aceitaria a ideia, de estar longe
do pouco que sobrou
de mim, lá
conexões
e mentiras
e promessas

e eu sorriria mais ainda, se soubesse
que estaria tudo bem
que isso me faria melhor
que eu saíria do poço da desesperança
e que do desespero não sobra nem migalha
nem choro, nem vela

e eu provavelmente morreria, pra sentir
tudo o que aprendi a sentir
nesse tempo aí
te ti contigo
se si consigo
me mim comigo
e agora, tendo o doidivanas como amigo

domingo, 5 de agosto de 2018

#157 - Artigo

é estranho por não fazer mais sentido
não tenho mais o hábito de fotografias
deixei elas para você
e não lhe tendo mais ao lado
ficaram contigo

acho que tirei a minha primeira foto de mim mesmo em meses
a minha imagem
eternizada digitalmente nos servidores do instagram
com uma legenda clichê
que tem até em uma música do Cícero, que eu nem curto
mas pra mim é uma verdade
eu odeio despedidas
mas odeio ainda mais não conseguir partir de você

segunda-feira, 9 de julho de 2018

#156 - Carta

Eu sempre me culpei por tudo que fiz e faço e tudo que acontece à minha volta e sempre acho que tudo realmente é planejado pra me sabotar e raramente acredito quando as coisas estão bem, mas eu me permiti sentir essa felicidade como algo real várias vezes no último ano, e mesmo assim foi um dos períodos mais obscuros e tristes da minha vida. Eu me abri, me expus, me entreguei e me permiti dizer o que queria pras pessoas que eu queria, não deixei meus sentimentos de lado por medo, eu fui com tudo e não me arrependo, graças a Deus eu não me arrependo. 
Agora a pouco o que me fez sentir vontade de fazer esse texto foi a conclusão de que eu também não devo me culpar pelas coisas que eu sinto, penso e faço na minha solidão, mesmo quando ela é só coisa da minha cabeça. Solidão é o sentimento que mais me atormentou durante toda a minha vida e infelizmente ainda me atormenta todos os dias, sempre que penso em vida amorosa, amigos, vida profissional, paixões e principalmente quando mais de um desses se mistura com o outro. Eu vejo solidão em todos os cantos de todas essas coisas, mas a pior parte é que na maioria das vezes eu me vejo como o causador dela, e quando olho pra onde eu estou eu vejo que geralmente eu realmente faço isso. Mas eu não posso me culpar por querer me sentir feliz e tentar esquecer das coisas que me fazem me sentir assim. Eu devo me responsabilizar? Sempre. Devo me policiar pra não me causar dor e nem aos outros? Mais ainda. Mas não posso jogar sempre todo esse peso de coisas que nem existem nas minhas costas mais.
Eu não posso me sentir responsável por decisões dos outros e nem por tudo que dá errado. E eu nem quero mais isso pra mim.
Eu não preciso de muito e me esforço sempre pra ser o melhor possível pra todo mundo à minha volta, eu realmente não entendo de onde vem tudo isso que me derruba sempre, mas eu to cansado de achar que é Carma ou qualquer outro tipo de consequência ou reação de algo que eu fiz. 
Esse texto é mais pra mim mesmo do que pra qualquer um, tenho quase certeza que ninguém mais lê esse blog, todas as pessoas que o faziam eu acho que consegui me afastar, mesmo que sem querer. 
Mas é, toda vez que ler isso se lembre, há coisas que você pode controlar e coisas que você não pode, não se culpe tanto.

#155 - Ligar pontos, criar contos e outras formas de mitificar dores

a dor
vem da probabilidade
de nunca ter estado lá
ou ter estado
e ter-se ido
na calada da ausência
no desconforto
da presença
ou no estar
como emergência.

#154 - Metamorfo

a essência
persiste
o que sinto
existe.

sábado, 9 de junho de 2018

#153 - To/Be

eu trocaria
meus sonhos
por sonhar
em chegar
onde cheguei
e não ver
chegarem
antes d'eu mesmo
onde sonhei
ser/estar

segunda-feira, 4 de junho de 2018

#152 - Passivo/Agressivo

culpei a felicidade
por minha 
ausência literária 

mas mesmo agora
não há nada
que eu possa escrever
sobre isso.

#151 - a arte de não ter o que aprender

the parting
of waves
departing
my ways

is what change
feels like
when there's nothing
to change to.

sexta-feira, 30 de março de 2018

#150 - Do não saber

medo não tenho
do o que
temo apenas
o quando

em véus
palavras
sinais
desfarces

temo o oculto
do que pode ser
não do o que é

eu temo possibilidades