segunda-feira, 21 de setembro de 2015

#93 - Polirritmia contínua

O espaço entre o ter prazer e o descontento não é uma queda brusca, não é uma decepção, não é uma mentira descoberta, não é o ser vítima de uma troca injusta (e, por vezes, a seus olhos ou em verdade, irracional), esse espaço cabe ao descaso.

A quebra foi feita no tempo,

dissonância apreciada porém descompassada,
polirritmia destroçadora de arquétipos
que nem sempre são negativos
ou desnecessários.

Trocaria noites de branca lucides por tardes escuras em linhos e carne.

Ascenderia ao status de par por ser singularmente ornamentado, 
enfeitado, 
maltratado...
"Que chique, bem despojado e despreocupado."
"Não foi intenção."
"Que não se repita."

C#m G#/C#m A/C#m

Termino fora de mim,

num suspiro de minhas notas
que para se despedir
ficam ordenadas em Si.



[Em caso de suspeita, vide a bula]