Poça rasa, essa que me cativou
pudera fosse poça rara,
quem dera fosse de amor.
Pulo, pulo, pulo pra ver a água subir
não afundo, afundo, afundo em vontade de rir
mas não descarto fácil.
Sou insistente, morador da vila ardente
dos apaixonados sem motivo ou explicação,
puros seres de mente deturpada.
A poça é rasa, mas reflete o sol igual mar
mas o que me arrasa
é nela não poder estar, fixo, sem riscos
apenas lá, pra cacá.
Ah, poça de lama, mal sabe ver
quem realmente a ama.