quinta-feira, 25 de setembro de 2014

#60 - Sem tempo

Tanta coisa
em tão pouco tempo.
Tanto tempo
sem nem pouca coisa.

#59 - Decrescente

Não olho mais aos céus
senão por vontade de contemplá-lo
Nem sinto as ondas do mar,
ou a areia no pé
senão por puro luxo de sensações.

Não vejo mais o atrativo
que via antes nos olhos teus,
nem nos dela, nem nos de ninguém.

Não sinto aquele fogo no peito,
ou em qualquer outra parte,
como fazia, sempre que via
um ou outro rabo de saia por aí.

Nem aquilo que me era
a única coisa de orgulho,
a única coisa que me fazia me sentir bom
que me fazia me sentir especial
me dá alegria ou prazer.

Hoje, creio que crer
exige mais de mim
do que posso oferecer.